Figura 16 Tipo de contactos mantidos com associações estrangeiras/internacionais (%)
N = 75
Procurou-se ainda através deste inquérito apreciar o grau de integração das associações científicas portuguesas, nomeadamente pelo desenvolvimento de contactos entre si e com congéneres estrangeiras. Verifica-se que a grande maioria (84%) das associações afirma manter contactos com outras associações científicas, tanto portuguesas como estrangeiras. É no entanto de destacar que perto de 16% das associações inquiridas se encontrem numa situação de “isolamento” face a congéneres. Quanto à natureza dos contactos com associações estrangeiras/internacionais (Figura 16), predominam os projectos e actividades conjuntos, as relações de filiação e a troca de informações e publicações com cerca de metade das associações a indicarem este tipo de contacto.
Instados a identificar as 6 principais associações científicas portuguesas com que são mantidos relacionamentos e o tipo de contactos estabelecidos (Figura 17), os inquiridos referiram tanto os contactos que pressupõe ligações mais ténues entre as associações – contactos informais (25%) e a troca de informação (22%) – como outros que implicam relações de maior compromisso e formalidade – projectos/actividades conjuntas (26%) e parcerias/plataformas (19%).
Figura 17 Tipos de contactos mantidos com outras associações científicas portuguesas (%)
N = 68
Figura 18 Proporção de associações que contactam com instituições do campo científico (%)
N =75
Quanto a contactos de colaboração, projecto ou parceria formal com outros actores do campo científico (Figura 18), constata-se a preponderância das relações entre as associações e os estabelecimentos de ensino superior e a Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Tal reflecte não só a centralidade do ensino superior no sistema científico português, mas também a proximidade ao principal organismo financiador da actividade científica. Não foram encontradas variações significativas neste domínio, a não ser uma maior frequência de contactos das associações de cultura científica e das associações das ciências naturais com a Agência Ciência Viva (75%), que é a principal entidade promotora (e financiadora) de acções nesta área.
Figura 19 Proporção de associações que contactam com outras organizações portuguesas (%)
N = 76
Fora do campo científico (Figura 19), as associações mantêm mais frequentemente contacto com escolas do ensino básico e secundário (53%) e administração local (52%). Também é importante referir o contacto das associações inquiridas com empresas, que se verifica em 41% dos casos e com associações de natureza não-científica para cerca de um terço das associações inquiridas.
Também nesta questão se verificam poucas variações significativas, com excepção para o contacto com escolas, mais frequente nas associações de cultura científica e outras associações (77% e 83%) e também para o contacto mais frequente das associações de profissionais com a Assembleia da República (54%) e a Administração Central (46%).